quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Artes Plásticas

Exposição “Camaleonismo de Cores e Formas” abre nesta quinta-feira no Marília Shopping.

Em parceria com a Secretaria de Cultura de Marília, o Marília Shopping abre nesta quinta-feira, 18, às 20 horas, a Exposição de Artes “Camaleonismo de Cores e Formas” do artista plástico, jornalista, bacharel em direito e contador de histórias, André Franco. A exposição tem entrada franca e fica aberta ao público para visitação todos os dias no horário comercial do Marília Shopping até o dia 8 de outubro.

A mostra é composta por cerca de 25 trabalhos na técnica óleo sobre tela. Entre as obras, estão as criadas em 2005, quando o artista teve um período fértil de produção com o tema “gatos”. A exposição reúne também obras das fases “mulheres”, “campo” e temas folclóricos relacionados ao Brasil.

“Meu estilo é contemporâneo, mas o que marca muito minhas obras é o lúdico, a variedade de cores e o traçado forte. Não costumo desenhar e nem esboçar antes de pintar. Desenho direto com a tinta. E minha criação é própria, com obras exclusivas. O nome da exposição origina-se da figura do camaleão, animal que se distingue pela sua habilidade trocar de cor. Isso explica tamanha variedade de cores em meus trabalhos. Além disso, não me prendo ao estático. Minha obra passa a ideia de movimento constante”, disse André Franco. 

Quando criança, o artista começou a desenhar na areia, depois no papel e, aos 10 anos, iniciou a aula de pintura com o mestre Braz Alécio. Após dois anos trabalhando com carvão e pastéis no estilo acadêmico, Braz afirmou que ele estava pronto para passar para a técnica óleo sobre tela e que poderia ficar livre para criar. Desde então, André tem seu estilo próprio. Permaneceu com o pintor mariliense até aproximadamente os 15 anos de idade, participando de exposições coletivas. Em 1980, participou do I Salão Regional de Artes de Marília com uma obra á óleo e recebeu menção Honrosa. Continuou a pintar como hobby.

Aos 17 anos foi estudar nos Estados Unidos por meio de intercâmbio. Ao retornar, passou no vestibular para Jornalismo e Direito na UEL. Depois de formado, passou em concurso na Emater-PR (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e trabalhou como jornalista em Maringá. Ao retornar a Marília em 1994 ministrou aulas no curso de jornalismo na Unimar, atuou como repórter do Jornal Diário e foi assessor de imprensa da Prefeitura. Depois de atuar como repórter na Folha de São Paulo, foi para Curitiba, onde atuou como coordenador de imprensa na Emater-PR. Ainda foi repórter Canal Rural (RBS), coordenador da assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab-Pr) e da Federação da Agricultura do Estado do Paranã e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar-PR). E, posteriormente, no Instituto Cristina Martins e Educação em Saúde em Curitiba onde, como sócio-proprietário, assumiu a diretoria administrativa da empresa.

Após um curso de autoconhecimento em 2007, decidiu ser voluntário e se formou como contador de histórias para crianças e adultos na Ong “Instituto História Viva”. Atuou como contador de histórias no Hospital de Clínicas de Curitiba, onde coordena um grupo de contadores de histórias. Também foi voluntário no Projeto Ciranda de Pais, onde coordenou um grupo de mães que vivem em uma área de risco social, e em um projeto desenvolvido na Penitenciária Feminina de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, onde conta histórias às presidiárias. 

“Relaciono a paixão em pintar gatos à atividade de contar histórias aos pacientes do Hospital de Clínicas. Porque, por meio da contação, reforço e incentivo os enfermos a se superarem e acreditarem nas suas curas e na continuação de suas vidas. Relaciono esse meu desejo de que tenham vida longa ao fato do gato ter, supersticiosamente, sete vidas”, conta. 

Depois de uma vida de intenso trabalho, após um período de descanso em Echaporã, onde reside sua família, André resolveu deixar o jornalismo para se dedicar à carreira de artista.

“De janeiro a março, vendi aproximadamente 10 obras para parentes e amigos. Porém, a partir de um contato e de ter apresentado um projeto de exposição ao Conselho Consultivo da Galeria de Artes, a proposta foi aprovada e já fui convidado para esta exposição. Assim, para ter um volume de obras e poder apresenta-las ao público, decidi parar de vender meus trabalhos momentaneamente. Antes disso, já fui convidado para exposições coletivas em Garça, em Assis, na Galeria de Artes e no Esmeralda Shopping”, afirma.

Em processo de adaptação André já se sente em casa, pois foi carinhosamente recebido por outros artistas, tem se reunido com alguns, prestigiado exposições de outros e se entrosado nas Artes não só em Marília, mas também em Echaporã, onde recebeu uma proposta da Prefeitura local para ministrar uma Oficina de Contadores de Histórias. 

André se diz feliz por voltar a Marília depois de tantos anos. Agora, como artista plástico, pois foi aqui que deu os primeiros passos nas artes plásticas. Ele espera que as pessoas conheçam seu trabalho e sintam as emoções do artista por meio do camaleonismo de cores e formas.



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