terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nota de falecimento

Informamos com pesar o passamento da nossa querida amiga e funcionária da Galeria Municipal de Artes Vera Bonfim Claro. O corpo estará hoje (23) no velório municipal - sala 05, a partir das 13 horas, e o sepultamento será amanhã, dia 24, às 9 horas, no cemitério da Saudade. 

Profissional competente, pessoa sensível, escritora e poeta, Vera Claro era formada em pedagogia, e há 2 anos trabalhava na Galeria Municipal de Artes. Ativista cultural, participou do projeto Teatro da Cidade, e de diversos projetos culturais da Secretaria Municipal de Cultura. 

"Vera era uma grande amiga e maravilhosa companheira de trabalho, sempre alegre e disposta a atender ao público. Eu até brincava, dizia que ela tinha cultura na veia. Ela gostava de declamar poesias, sempre querendo ajudar os colegas nas atividades. Vai deixar saudade, pela sua alegria, e vai fazer falta pela sua competência." diz Ricardo Verceloni Martins, funcionário da Galeria M. de Artes.
 
Vera declamando poesia no 25º Salão Marília Através de Seus Artistas - 11/04/14.

Vera no Sarau de Gente Feliz - 2013.

Vera e Taís na festa julina para os colaboradores do Supermercado Pão de Açúcar - Julho/14.

Vera declamando poesia no 25º Salão Marília Através de Seus Artistas - 11/04/14.


Vera e a artista Solange Volpi, na abertura da exposição "ArtSol no Estoril"

Vera e a Miss Marília 2014 Marjorie Rossi Garnica, na abertura da exposição "ArtSol no Estoril"

Vera durante apresentação de peça do Projeto Teatro da Cidade.

Vera declamando poesia no 25º Salão Marília Através de Seus Artistas - 11/04/14.

Os Poetas não morrem!

Sublimes versos escapam das almas dos poetas
Viajando até ao fundo dos céus como balões …
Suspensos ficam no tecto brilhando poesias inquietas
Reflectindo olhos orvalhados em prados de emoções

Na curvatura do tempo, estrelas são colhidas
Do pomar da imaginação expostas em montras…
Pulsa nas veias o destilado veneno às escondidas
Vício de uma feroz fé, rotuladas pessoas tontas

Abrem-se pares de valas nas lendas do destino
Mil léguas de escrita, rabiscos de palavras sãs…
São como pequenos dias em noites de desalinho
Enchendo-nos de sonhos despertados pelas manhãs

Memorias douradas em parapeitos de alegrias
Diluem-se como aguarelas, na orbita das luas…
Entre o Norte e o Sul atingem as suas fantasias
Desde o Oeste para Este voar com simples asas nuas

Passeiam livres nos pendores errados do rio
E golpeiam os corações em ritmo descompassado…
Com punhais enterram pequenas feridas a frio
Sonhos fagueiros de amores perdidos do passado

Moldam-se como o barro em poemas de fulgor
E atracam seus barcos nas caudas das baleias…
Destroçam-se boiando pelas solidões do amor
Deixam-se levar pelas correntes das marés cheias

Caminham ao som do acordar dos pássaros
E abanam árvores para que caiam ninhos de prazer…
Escrevem á luz das estrelas nas pontas dos penhascos
Pisando escorpiões em desertos do enlouquecer

As gotas da saudade batem com as mãos na vidraça
Das janelas iluminadas dos pensamentos…
Implorando a se abrigarem nas muralhas da graça
Aninham-se nas frechas desnudadas dos sentimentos

Que se despejem os oceanos e se varram as florestas
E que se apague o sol sem a lua nascer com o seu luar…
Porque os poetas não morrem! Vivem nas frases certas
E simplesmente adormecem no seu pensar…

Manzas.

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